sábado, 8 de setembro de 2007


“Enquanto a nação não tiver consciência de que lhe é indispensável adaptar à liberdade cada um dos aparelhos do seu organismo de que a escravidão se apropriou, a obra desta irá por diante mesmo que não haja mais escravos…”

domingo, 5 de agosto de 2007

Às vezes....

“Às vezes passa uma pessoa na nossa vida que nunca mais deixa de passar, que nos interrompe e condena e encanta, sem saber o mal e o bem que nos faz, e que nos fica na alma como aquelas pessoas que passam no momento em que se tira uma fotografia e passam a ser a pessoa que se fotografou .” MEC


segunda-feira, 9 de abril de 2007

A distancia

A distancia que deveria atenuar o afecto,
É a mesma que fortalece a ligação…
É a mesma que torna o tempo impossível de passar…
É a mesma que torna o nosso amor seguro, autêntico, genuíno…
Sinto que sem ti sou só metade…
E agora sei que antes de ti não estava completa,
E depois de ti nunca mais o serei…


“O valor das coisas não está no tempo em que elas duram...
Mas na intensidade com que elas acontecem, por isso existem
momentos Inesqueciveis, coisas Inexplicaveis,
e pessoas Incomparáveis...” f.p.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Sinto frio...


Sinto um frio que vem de dentro....
E só a tua alma celeste me poderia aquecer.
Sei que se viesses, irias abraçar-me e subiríamos mais uma vez ao nosso mundo...
O mundo que nós inventámos por entre fantasias e meias realidades...
Um mundo só nosso, dentro do resto do mundo....
E as noites que passo a admirar-te vão continuar a existir, para que tu possas admirar-me tambem, da maneira que eu sempre quis...
Somos tudo num só, e em nós cabe tudo o que nós quisermos....
É um estado de alma em que os sentidos se desprendem...
Já és o meu refúgio, e é para ti que continuamente vou regressando, para me continuar a abrigar deste frio que faz cá fora....
Preciso de ti, meu amor...
Ouves-me a chamar por ti?

P.S. Não é o fim, é precisamente o começo....


"Era isso mesmo
O que tu dizias,
E já nem falo
Do que tu fazias...
(...)
Eu não era o mesmo
Para ti, bem sei.
Eu não mudaria,
Não - nem mudarei...
Julgas que outro é outro.
Não: somos iguais. " (f.p.)


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

A minha paixão...

È violenta a minha paixão, é intensa ... de uma intensidade sobrenatural...
É maior que eu... é muito maior que eu....
É feita de dias perfeitos, de sorrisos transparentes, de olhares que se fundem e se desfazem sempre que eu te toco...
Vivemos quase suspensos e não nos importamos de planar acima do resto do mundo....
Nós já nos esqueçemos do resto do mundo....
Pudesse eu controlar os teus pensamentos e viverias a pensar em mim...
Pudesse eu mandar nos teus olhos e só me verias a mim....
Pudesse eu escolher e estarias sempre dentro de mim, e se saísses seria para voltares a entrar, e nunca mais voltar a saír...

"Dorme, que a vida é nada!
Dorme, que tudo é vão!
Se alguém achou a estrada,
Achou-a em confusão,
Com a alma enganada.

Não há lugar nem dia
Para quem quer achar,
Nem paz nem alegria
Para quem, por amar,
Em quem ama confia.

Melhor entre onde os ramos
Tecem docéis sem ser
Ficar como ficamos,
Sem pensar nem querer,
Dando o que nunca damos." (f.p.)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

A Difícil Arte de Conviver Com Pessoas


O reconhecimento de que as emoções ou sentimentos fortes podem alterar o desempenho das nossas decisões deve fazer com que procuremos ter objectividade em áreas essencialmente subjectivas, e isto envolve, em vários casos, questionar as nossas próprias "certezas".
Somos seres sociais. Precisamos de convívio e de interacção, e muito provavelmente esse foi um dos factores fundamentais para a sobrevivência do Homo Sapiens sobre os Neandertais. Mas a convivência com outros seres humanos traz uma nova categoria de problemas: já não basta ter que levar em conta os nossos próprios pensamentos, precisamos também de considerar o que os outros pensam sobre nós. E aí vem a questão: qual a verdadeira importância que damos ao que os outros pensam de nós? Seria importante alterarmos o nosso comportamento para melhor se ajustar ao que o mundo quer de nós?
Se deixarmos a resposta a esta pergunta unicamente a cargo da emoção, deixamos a nossa conduta essencialmente à mercê de nosso meio social. Vamos sempre querer ser aquilo que os outros esperam, aquilo que eles desejam que sejamos. É fácil concluir que, se permitirmos isso, vamos ter que alterar constantemente o nosso comportamento, para nos conformarmos sucessivamente aos diferentes tipos de ambiente pelos quais circulamos diariamente. Mas há uma razão racional para justificar porque é que essa não é uma boa situação.
De que forma os outros percebem aquilo que realmente somos? Ora, ninguém consegue "olhar" para dentro de nosso cérebro, é apenas através de nossas acções e do nosso comportamento que os outros podem conhecer alguma coisa acerca de nosso pensamento. As pessoas que nos rodeiam formam a sua opinião sobre nós através das nossas acções e reacções diárias às diversas situações a que somos submetidos. Se as nossas acções não forem coerentes, ou se as nossas reacções forem precipitadas ou injustificáveis, os outros provavelmente pensarão que somos pessoas confusas, atrapalhadas ou impulsivas.
Por isso não é assim tão importante o que os outros pensam de nós, é mais importante o que nós pensamos sobre nós mesmos, pois o que os outros pensam de nós será automaticamente um reflexo de nossas atitudes exteriores. E nossas atitudes exteriores são indiscutivelmente um reflexo daquilo que nós achamos de nós mesmos.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Candy says...

"Candy says I've come to hate my body
And all that it requires in this world
Candy says I'd like to know completely
What others so discretely talk about

Candy says I hate the quiet places
That cause the smallest taste of what will be
Candy says I hate the big decisions
That cause endless revisions in my mind

I'm gonna watch the blue birds fly over my shoulder
I'm gonna watch them pass me by
Maybe when I'm older...
What do you think I'd see
If I could walk away from me..." V.U.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Nós e os outros....

O que nós esperamos de nós próprios raramente corresponde àquilo que os outros esperam de nós.
O que nós pensamos de nós próprios raramente corresponde àquilo que os outros vêm em nós.
As expectativas que inevitavelmente formamos em relação às pessoas com quem convivemos, não passam de isso mesmo: expectativas. Mas no nosso microcosmos pessoal baseamos sempre a análise que fazemos dos outros nessas expectativas e acabamos por confundi-las com as reais qualidades e com os reais defeitos dessas mesmas pessoas.
Idealizamos e continuamos a idealizar porque é-nos inerente (quase) esse processo psicológico.
Estamos programados para tentar perceber ou desvendar a pessoa que está à nossa frente em questão de segundos porque disso depende a nossa "sobrevivencia": de analisar o perigo e prepararmo-nos para fugir ou atacar, ou então estabelecer uma relação de empatia e achar a pessoa minimamente confiàvel.
Dizem que os péssimistas sabem gerir melhor as expetativas pelo simples facto de nunca esperarem grande coisa. E dizem ainda que os optimistas são mais resilientes e por isso mais bem adaptados e mais capazes de lidar com a desilusão.Eu faço parte do primeiro grupo e nunca soube o que é fazer parte do segundo.
Mas acredito tambem que nao somos imutáveis e que nos podemos programar para pensar diferente e encarar a vida de outra forma.
Mas não sem antes termos plena consciencia de nós próprios.
Para mim o ideal é não esperar nada, não criar expectativas, começar sempre do zero quando nos deparamos com alguém.
Tentar ver as coisas como se fosse a primeira vez, reparar nos pormenores, saber que o dia que vem amanha nunca será igual aos que ficaram para trás.THE BEST IS YET TO COME!!! Sabiam?

"Como todos os grandes apaixonados, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas. Assim as ideias, as imagens, trémulas de expressão, passam por mim em cortejos sonoros de sedas esbatidas, onde um luar de ideia bruxuleia, malhado e confuso." f.p.

Tudo o que nos faz seguir em frente...

O que nos faz seguir em frente?
Tudo o que pensamos ter não é nosso,
Tudo o que achamos que nos pertence , perderemos um dia.
E como me sinto a lutar contra nada, contra alguma coisa que não vejo e mal sinto...
É tudo como àgua: transparente e fugidío.
O remanescente da minha vida é tão pouco e tão vasto.
Mas quando sinto o céu a tocar no mar percebo que a minha vastidão é só minha, e é tão parca e insuficiente...

"E era outra a origem da tristeza. E era outro o canto que acordava, o coração para a alegria. Tudo o que amei, amei sozinho."
Edgar Allan Poe

sábado, 16 de dezembro de 2006

Ansiedade de Status

Ando a evitar escrever sobre este assunto, apesar da vontade ser grande. Mas como todas as questões que envolvem as pessoas e a sociedade, este assunto é um pouco subjectivo e passível de várias leituras. E como acho nunca devemos partir do princípio quase teocrata que nós é que estamos completamente certos, a minha opinião é só a minha opinião…
Depois de ler o livro do Filosofo Alain de Botton "status anxiety", e eu que já tinha uma opinião sobre a sociedade actual que ia nessa direcção, reafirmei por completo a minha convicção.
Vivemos numa sociedade dominada pelo desejo de ascenção social e consequente frustração por não se conseguir cumprir os pseudo-objectivos que abstractamente a sociedade nos impõe e principalmente que impomos a nós próprios. Este é quadro típico de "status anxiety" (a ansiedade por status), que causa danos em qualquer classe social, principalmente em tempos de recessão e castiga quem vive ou corre risco de enfrentar perdas na posição social.
Típica de sociedades capitalistas, a ansiedade por status é um mal moderno. Nos tempos feudais, o berço ditava a regra: nascia-se camponês ou nobre. Por isso, no passado a questão do status era mais pacífica pela existência de estratos sociais bem definidos e aceites, ou seja tínhamos um tecto social praticamente inatingível e com o qual as pessoas conviviam pacificamente, algo que se começou a alterar-se a partir da Revolução Francesa.
A hierarquia passou depois a ser definida pela capacidade de “cavar um lugar ao sol”, ou seja, vivemos numa sociedade que elegeu a meritocracia (na cultural ocidental) como método principal para a avaliação do status de cada um, em função da obrigação de se ser materialmente ou socialmente bem sucedido para se ser reconhecido perante os outros.
Esse modelo é psicologicamente incómodo: ele devolve a cada pessoa a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso.
O "estilo de vida", adoptado pela maioria da sociedade capitalista, onde predomina o consumismo desenfreado, leva as pessoas a terem um único objectivo na vida: "ter" cada vez mais, em especial dinheiro e bens materiais. Para alcançarem esse objectivo, as pessoas precisam trabalhar cada vez mais, para poderem ganhar cada vez mais, mas apesar disso, continuam a viver insatisfeitas com o que já possuem e com o salário que ganham. Insatisfeitas, ficam angustiadas e stressadas, porque nunca conseguem satisfazer a ânsia do "querer cada vez mais". Outros ficam deprimidos e ansiosos, com crises de angústia, por não conseguirem manter o status e o nível de vida social que antes tinham. E apesar de não ser notória esta angustia em todas as pessoas, todos nós de uma maneira ou de outra, ou pelo menos até um certo nível sofremos de ansiedade de status.
Mas como em tudo na vida há sempre o contraditório, que neste caso é um movimento social contra-cultura (chamemos-lhe assim) que tem vindo a ganhar adeptos um pouco por todo mundo. Os cientistas sociais já prevêem que esse movimento se tornará uma tendência mundial dominante no século XXI. Esse movimento social é chamado de “simplicidade voluntária”.
A “simplicidade Voluntária” é um novo estilo de vida e de valores, adoptado pelas pessoas que querem um retorno à vida mais simples, aproveitando melhor as condições de suas vidas, vivendo com menos mas melhor, convivendo mais com os familiares e com os outros, tendo melhor qualidade de vida, bem diferente da vida que levavam anteriormente, uma vida agitada e angustiante. Essa mudança está a levar muitas pessoas a descobrirem uma vida mais realizada e feliz. As pessoas examinam os conceitos que têm sobre a vida, mudando-os, em especial a sua escala de valores, as coisas que realmente são importantes para elas, para que sejam felizes. Mudam o valor de "ter mais" para "ser mais", em especial, ser mais feliz. É uma mudança já expressa pelo filósofo inglês Bertrand Russel que afirmou: "Ficar sem algumas coisas que nós queremos é uma parte indispensável da felicidade." e outro filósofo, o grego Platão que afirmava: "O homem que faz com que tudo aquilo que conduz à felicidade, dependa de si mesmo e não de outros homens, adopta o melhor plano para ser feliz."
Não sei se será tão simples, mas pelo menos é um conceito que me agrada.

P.S. - Aconselho a leitura do livro do filósofo Alain de Botton “Status Anxiety”, para melhor se perceber esta questão e não só, ele apresenta-nos um retrato genial e fiel da sociedade em que vivemos, e sobretudo mostra-nos que nem tudo tem que ser tão fatalista e complicado e que se nos concentrarmos no que realmente interessa e simplificarmos as coisas poderemos viver muito melhor.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Desencontros


Andamos todos desencontrados...
Desencontramo-nos uns dos outros...
Desencontramo-nos de nós próprios....
Andamos a empurrar-nos uns aos outros para ver quem chega primeiro.
Se ao menos nos tivessem dito que não há onde chegar....
Só há onde estar, e onde estamos é que importa...
Vamos funcionando quase como androides pré-programados para obedecer , sem questionar.
Estamos todos condicionados, quer qeiramos quer não. Seja a nivel socio-cultural, seja a nivel psicologico ( sim, porque nós somos o que vivemos!!!).
A ausencia de consciencia propria é por si só a negação da própria existência no seu pleno.
Nunca poderemos ascender ao zénite de nos próprios enquanto nos deixarmos guiar pelo "condicional" .
Niilista o suficiente?

quinta-feira, 30 de novembro de 2006